Homenagem ao Portal AORQUIDEA.COM.BR

Alguns anos atrás quando eu lancei o Orquideasblog.com, fiquei muito tempo correndo atrás de parcerias para trocar divulgações e fazer meu site crescer.

Eu sempre quis criar uma biblioteca online e confiável sobre como se cuidar de orquídeas e, graças a esse tempo procurando parcerias, eu encontrei um dos sites que mais admirei em minha jornada como orquidófilo.

O portal A Orquídea

AORQUIDEA

aorquidea.com.br na data de 23 de julho de 2008

Criado em 2007 pelo sr Mário Leal e, depois continuado em 2016 pelo Elder Franklin, o site sempre foi um local para se buscar informações confiáveis e valiosas sobre orquídeas.

Onde milhares (talvez milhões) de cultivadores passaram e, aprenderam algo sobre suas amadas orquídeas.

Mas, no ano de 2021, ele foi descontinuado e ficou offline.

Até que esse ano, eu percebi que o site não voltaria mais e, resolvi homenageá-lo aqui no blog.

Ao longo das próximas semanas, eu vou buscar recuperar os principais textos sobre orquídeas publicados nesse portal e, vou postá-los abaixo para que essa história tão linda criada por esses cultivadores, não fique no limbo da internet (se você conseguir recuperar o conteúdo do Fórum, por favor, comente abaixo para que eu possa compartilhar aqui)

Etimologia Das Orquídeas

De acordo com as regras de nomenclatura botânica, o nome da família deve ser escrito em latim: Orchidaceae (derivado do grego Orchis). O Termo Orchis, que significa testículos, foi usado pela primeira vez por Theophrastus (c. 372 – 287 a.C.), filósofo grego, discípulo de Aristóteles. Theophrastus comparou as raízes tuberosas de algumas orquídeas mediterrâneas com os testículos humanos. Por este motivo, desde a Idade Média, propriedades afrodisíacas são atribuídas às orquídeas.

Nomes Das Orquídeas

Os nomes das orquídeas são dados em latim ou grego clássicos, línguas mortas, para que sejam os mesmos no mundo inteiro e nenhuma língua viva prevaleça sobre a outra. Assim, costumam oferecer algumas dificuldades na escrita na pronúncia. Segundo convenção cientifica, nomes de gêneros e espécies devem ser escritos em Itálico. Veja os exemplos:

– O conjunto de vogais ae lê-se e. Ex.: Laelia (Lélia). Exceção:Aerides(Aérides).

O conjunto de vogais oe também tem som de e. Ex.: Coelogyne (Celogine).
Ph tem som de F. Ex.: Xanthina (Ksantina).
Ch tem som de K. Ex.: Chiloschista (Kiloskista), Pulchelum (pulkelum), Chondrorhyncha (kondrorrinka), Chocoensis (Ornitorricum).
Ti seguido de vogal soa como ci, exceto quando precedido de s, t ou x. Ex.: Constantina (Constancia), Neofinetia (Neofinecia), Bletia (Blecia), Comparetia (Comparetia), Pabstia (Pabistia).

Significados de nomes de orquídeas (Etimologia dos Nomes)

Em Latim
Em Português
acuminata, -um

aggregata, -um

alba, -um

amabilis

amethystoglossa

amicata, -um

ampliatum

ampullaceum

anceps

arcuata

atropurpurea

auranthiaca

aurea, -um

barbata, -um

bicolor

bufo

calceolus

calceolaris

candida, -um

capitatus

carinata

caudata, -um

cernua, -um

chloroleuca

chrysanthum

coccinia

coelestis

coerulea

coerulescens

concolor

cornigerum

crispa, -um

crispata

crispilabia

cristata

cruenta

cucculata

cupreum

cuneata

denudans

difforme

discolor

dolosa

eburnea, -um

elata

ensifolium

falcata, -um

fimbriatum

flabelattum

flava

flavescens

flos-aeris

fragans

fucata

furcata

flagelaris

gigas

glauca

grandiflora

granulosa

guttata

harpophylla

imarginata

incurvum

infracta

insigne, -is

intermedius

jugosus

lanceanum

leucoglossa

lithophylla, -um

longipes

luridum

lutea, -um

lutescens

macrocarpum

maculata, -um

megalantha

miniatum

nidus-avis

nobile

ochroleuca

oculata

odorata, -um

ornithoides

papilio

parviflorum

patula

picta, -um

pileatum

porphyroglossa

procumbens

pubes

pubescens

pulchella, -um

pulvinatum

pulmila, -um

retusa

rex

rubens

rufescens

rupestris

russeliana

spectabilis

splendidum

spicatum

striata

stricta

tenuis

teres

tricolor

thyrsiflorum

umbonulata

unicolor

variegata

varicosum

venusta

verecunda

vernucosa

viridiflavum

viridis

vittata

xanthina

xanthoglossa 

pontuda

agregada, reunida

branca

digno de amor, agradável

de língua (labelo) ametista

vestida

amplo, largo

em forma de vaso

de duas cabeças

curvada em arco

com cavidade púrpura

ornada de ouro

cor de ouro

com barba

de duas cores

sapo

sapatinho

sapateiro

branco-puro

com cabeça baixa

disposto em forma de quilha

com cauda

de cabeça inclinada

amarelo-limão e branco

dourado

vestida de escarlate

azul da cor do céu

azul

azulada

de uma só cor

com chifres

encrespada, ondulada

encrespada, ondulada

com labelo ondulado

com crista, penacho

manchada de sangue

com capuz

cor de cobre

em forma de cunha

descoberta, nua

de formas afastadas, divididas

de diferentes cores

enganadora

branco, marfim

nobre, sublime

folhas em forma de espada

em forma de foice, curva

franjado, recortado

em forma de leque

amarela

amarelada

flor aérea

de cheiro agradável

pintada

com dois dentes

com chicote

gigante

esverdeada, verde-mar, cinzenta

flores grandes

salpicada, pintada

malhada, mosqueada

em forma de espada curva

sem borda

curvado, arredondado, corcunda

quebrada, desanimada

adorno, enfeite, ornamento

intermediário

montanhoso

em forma de lança

labelo branco

que habita as pedras

comprido

pálido, amarelado

amarela

amarelado, avermelhado

fruta grande

pintada

gigante

avermelhado

ninho de passarinho

famoso, nobre

ocre e branca

que tem olhos

perfumada

de forma de pássaro

borboleta

de flor pequena

aberta, larga

pintada, ornada, florida

coberto com capacete, píleo

língua púrpura, língua
grande

inclinada para frente, dobrada

coberta de pelos

coberta de pelos

encantador

arqueado, boleado

anã, pigmeu

embotada, bronca, de cara feia

rei

vermelho, colorido

ruivo, avermelhado

que habita as pedras

puxada a vermelho, ruiva

visível, belo, notável,
brilhante

brilhante, magnífico

disposta em forma de espiga

com estrias

estreita

delgada

delgada, delicada

de três cores

cacho de flor

de forma côncova ou convexa

de uma única cor

de diferentes matizes

de pernas afastadas

encantadora, formosa

ruborizada, avermelhada

com verrugas

verde-amarelo

de cor verde

enfeitada com fitas

amarela

língua amarela

Como fotografar orquídeas (Por Revista Fotografe Melhor)

Conseguir uma fidelidade absoluta na reprodução das cores de uma flor é bastante difícil.

Para isso, a escolha de um bom laboratório é tão importante quanto o filme utilizado. Dois bons negativos para isso são: Kodak Pro Image e o Fuji Reala.

O fundo depende da cor do assunto mas, normalmente, os pretos são os mais utilizados pois não tiram a atenção do motivo principal.

No entanto, lembre-se de que, assim como os fundos claros, os escuros exigem uma fotometria cuidadosa. Quanto à iluminação, prefira trabalhar com luz suave – a luz do sol difundida por um lençol branco, por exemplo – e evite a iluminação direta, além das artificiais que podem provocar alteração nas cores da imagem.

Fora isso, selecione uma abertura pequena, em torno de f/11 ou f/16, para garantir uma profundidade de campo suficiente, não se esquecendo de utilizar um tripé para evitar fotos tremidas.

Dicas Para Iniciantes (Por Pedro de Morais)

1. O mais importante de tudo: não comece sozinho. Busque um apoio coletivo, uma associação, um círculo de amigos. Gente com experiência e interesse comum.

2. Envolva a família. Orquídea exige tempo; não deve competir com a atenção em casa, mas sim estreitar os laços dentro dela.

3. Estude, pesquise, comece a visitar exposições. No Estado de São Paulo, há uma a cada final de semana. Você conhecerá novas cidades e fará amigos.

4. Procure orquidários amadores. Observe os detalhes da construção. Pergunte e anote.

5. Ao final de alguns meses, há elementos para as primeiras definições. Qual é o seu objetivo: ganhar prêmios, taças, fazer dinheiro? Ou incorporar uma flor à sua vida?

6. Somente depois dessas preliminares, comece a comprar. Informe-se sobre vendedores idôneos, exija qualidade. Caso haja dúvida, não compre. Cometerá menos erros quem percorrer essa etapa de forma lenta e criteriosa.

7. Inicie sua coleção pelos híbridos. São mais resistentes. Agüentam até transplantes fora de época. Sobrevivem mesmo quando o dono viaja e esquece que tem plantas em casa para regar.

8. Forme um elenco inicial de 60 vasos, por exemplo, com média de cinco aquisições mensais. Compre sempre plantas com flores. Ao final de um ano, terá um pequeno mostruário com floradas mensais. Observe-as para hierarquizar suas preferências.

9. Mantenha os vasos sempre etiquetados. Inclua: nome da planta; origem e data de floração. Em caso de desmembramento, acrescente a data do corte.

10. Troque experiências e conhecimento. Mas não troque de associação a torto e a direito. Amplie e desenvolva a sua. Tão importante quanto cultivar plantas é cultivar um espírito de equipe.

Lista de Livros Sobre Orquídeas (Por Mário Leal)

  1. Cultivo Moderno de Orquídeas: Phalaenopsis
  2. Cultivo Técnico de Cactos e Suculentas Ornamentais
  3. Cultivo Moderno de Orquídeas: Cattleya e Seus Híbridos
  4. Cultivo de Orquideas (Prof. Ricardo Tadeu de Faria)
  5. Orquídeas da Chapada Diamantina
  6. Ladrão de Orquídeas: uma História Real Sobre Beleza e Obsessão, O
  7. Cultivo de Orquídeas no Brasil
  8. Orquídeas (Judith Millidge)
  9. Orquídeas – O Gênero Oncidium do Paraná
  10. O Grande Livro Das Orquídeas
  11. Dicionário etimológico das orquídeas do Brasil
  12. O Maravilhoso Mundo das Orquideas
  13. Orquídeas do Estado do Espírito Santo
  14. Orquídeas da Amazônia Brasileira
  15. Laelia Purpurata (Lou Menezes)
  16. Orquídeas – Guia dos Orquidófilos
  17. Orquídeas – Manual Prático de Cultura
  18. Boletim Técnico: “Aspectos Fitossanitários das Orquídeas”
  19. Genus Cyrtopodium – Espécies Brasileiras
  20. Cattleya labiata autumnalis (Lou Menezes)
  21. Orquídeas – Manual de Cultivo (AOSP)
  22. Orquídeas – Manual Prático de Reprodução (Darly Machado)
  23. Orquídeas – Pragas e Doenças (Darly Machado)

Orquídea Nativa – Porque Não Levá-la Para Casa (Por Aurélia Cruz)

É domingo e você está passeando tranquilamente por uma área de vegetação nativa, um passeio agradável e despretensioso. De repente você se depara com um tronco de árvore podre, caído ao chão – e pasme – lotado de orquídeas. Então em um gesto de carinho você recolhe aquela planta infeliz que se desprendeu de seu habitat pela própria ação da natureza e a leva para casa, para protegê-la e fornecer a ela tudo que não poderia ser encontrado naquele local: adubo, iluminação correta e um bom substrato além, é claro, de muito amor e dedicação. Mas isso não está correto e a planta logo lhe mostrará sinais disso, ou definhando até a morte, ou ficando paralisada por muitos anos até começar a se adaptar ao novo micro clima onde foi inserida.

As plantas nativas tem todo um esquema de sobrevivência que envolve fatores chamados de abióticos (clima, solo, luz, etc.) e bióticos (relações ecológicas tais como parasitismo, predação e competição). Esses fatores mantêm o habitat da orquídea de forma equilibrada para que ela possa viver em harmonia em seu ambiente natural, tendo como exemplo o controle de seus parasitas naturais sendo feito pelos predadores que também habitam o local.

Já na nova “morada” a orquídea nativa tem que se adaptar a utilização de adubos químicos, a uma nova modalidade de plantio que coloca suas raízes SOB o substrato e não SOBRE como ela estava acostumada, entre outras coisas. Só com esses dois exemplos já se pode ter a idéia do tamanho da mudança a que a planta tem que se submeter ao ser retirada do seu habitat. Fora o fato de que ao se quebrar aquela cadeia de fatores (abióticos e bióticos), você certamente levará para casa além da planta, seus parasitas, deixando para trás os seus predadores naturais. Trocando em miúdos, você estará levando problema para seu orquidário!

O correto no caso de se encontrar uma orquídea nativa é deixar que a natureza continue seu curso, sem interferir nisto. Mesmo que você sinta “pena” ou até mesmo aquela cobiça pela tão almejada planta, não se deixe levar.
As plantas produzidas em laboratórios e vendidas em orquidários e até mesmo supermercados do país inteiro, por um preço bem acessível, são mais resistentes às pragas e na grande maioria das vezes possuem a forma da flor e aspecto vegetativo bem mais bonitos e harmoniosos do que uma planta nativa.

Se mesmo com todos esses argumentos você ainda não se convenceu de que não é uma boa opção coletar uma planta nativa para acrescentá-la a sua coleção, passemos para a parte jurídica…

De acordo com o artigo 49 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998), a pena para quem destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia, é de detenção, de três meses a um ano, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. Já para quem destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas (Art. 50) a pena é de detenção de três meses a um ano e multa.

Portanto, ao entrar em um local onde existam orquídeas nativas, divirta-se apenas tirando fotos e aproveitando o canto dos pássaros. Fazer mais do que isso é interferir no equilíbrio do meio ambiente. Pense nisso!

Que Nome Terá? (Por Thiago Wolf)

Após diversas discussões a respeito dos últimos fatos acorridos sobre mudança de gêneros em orquídeas, resolvi expressar aqui meu ponto de vista e prepara-los para o que esta por vir.

Primeiro, para entendermos os motivos dessas mudanças, precisamos entender o seguinte:

Em biologia, um gênero (do latim genus, plural genera) é um taxon (nome) utilizado na classificação científica de organismos vivo para agrupar espécies que partilham um conjunto muito alargado de características morfológicas e funcionais, um genoma com elevadíssimo grau de comunalidade e uma proximidade filogenética muito grande.
Sendo assim, é aceitável que, por exemplo, o gênero Oncidium seja reclassificado em diversos outros gêneros pois suas espécies possuem diferenças “gritantes”, tanto em sua parte vegetativa quanto floral se compararmos umas com as outras.

O difícil e acostumar com os novos nomes, também não gostei de ter que chamar minha Laelia flava de Hoffmannseggella flava, tão pouco minha purpurata de brasilaelia ou hadrolaelia, mas se considerarmos o conceito de gênero, sim, é válido.

A dúvida então é a seguinte:

Que nome terá minha Cattleya intermédia?, e minha labiata?, só de pensar que minha leopoldii pode mudar de nome já me da arrepios.

O que não há dúvida é que isso vai acontecer em breve já que as caracteristicas diferentes desse gênero são ainda maiores que a do ex-gênero Laelia.

Podemos esperar uma reclassificação em 5 ou 6 novos gêneros, onde, por dedução, podemos já prever uma separação das cattleyas unifoliadas das bifoliadas com exceção das walkerianas e nobilors que tambêm serão separadas, bem como as cattleyas bowringiana e talvez a aclandiae e a luteola.

Talvez, os taxonomistas, iniciaram esse processo de mudanças com gêneros mais, “comuns” para nos preparar para o “baque” maior.

Talvez essa proposta de reclassificação já esteja pronta em cima de uma mesa, esperando a poeira baixar para ser levada aos órgãos responsáveis ou reguladores para serem aprovadas.

E o pior é que será aprovada.

E mais uma vez teremos que se adaptar aos novos nomes, feios ou bonitos terão que ser aceitos.

Só resta esperar.

Mas a dúvida permanece.

Que nome terá?

Efeito colateral

Depois da minha tentativa de convencer a todos que a reclassificação de alguns gêneros de orquídeas, agrupando-os em vários novos gêneros era aceitável, levando em consideração simplesmente o significado da palavra gênero.
Venho através desta matéria, tentar explicar de forma simples, os efeitos que uma simples mudança de nome pode causar.

Não apenas teremos que acostumar com os novos gêneros, mas também, acostumar com os novos resultados gerados através dos cruzamentos intergenéricos, formando uma enorme avalanche de novos nomes.
Como exemplo, levando em conta apenas os gêneros clássicos de orquídeas, os mais comuns e utilizados em cruzamentos, teríamos anteriormente os seguintes resultados intergenéricos.

Exemplo 1A

Gêneros utilizados: 2.
Para facilitar, trocamos os nomes a números.
Cattleya. = 1
Laelia. = 2
Resultados possíveis.
Cattleya x Laelia = laeliocattleya ou 1 + 2= (1,2)
Esse cruzamento gerou apenas um novo gênero.

Exemplo 2A

Utilizando 3 gêneros teríamos os seguintes resultados
Cattleya. = 1
Laelia. = 2
Brassavola. = 3
Resultados.
1+2 = Laeliocattleya
1+3 = Brassocattleya
2+3 = Brassolaelia
1+2+3 = brassolaeliocattleya
Esses cruzamentos geram 4 novos gêneros.

Exemplo 3A

Utilizando 4 gêneros teríamos os seguintes resultados
Cattleya. = 1
Laelia. = 2
Brassavola. = 3
Sophronitis = 4
Resultados.
1+2 = Laeliocattleya
1+3 = Brassocattleya
1+4 = Sophrocattleya
2+3 = Brassolaelia
2+4 = Sophrolaelia
3+4 = Brassophronitis
1+2+3 = brassolaeliocattleya
1+3+4 = Rolfeara*
1+2+4 = sophrolaeliocattleya
2+3+4 = ? não encontrado
1+2+3+4 = Potinara

Esses cruzamentos geram 11 novos gêneros.

Até ai tudo bem, mas ao reclassificarmos os gêneros, os resultados também terão que ser mudados.

Levando em conta somente esses 4 gêneros mencionados acima, E desmembrando em suas novas classificações teremos:

Cattleya (dividindo em dois gêneros)
Cattleya e Guariante
Laelia (dividindo em 6 gêneros )
Laelia, microlaelia, hadrolaelia, Brasilelia, hoffmansegella e Dungsia.
Brassavola (dividido e 2 gêneros).
Brassavola e Ryncholaelia.
Sophronitis (apenas 1 Gênero)

E agora?

Complicou né?

São 11 gêneros com possibiliadade de efetuar cruzamentos entre si, formando vários outros gêneros.

Lembrando que estou usando apenas os quatro gêneros citados acima, não levando em conta os outros gêneros suscetíveis a cruzamentos como (encyclia, Schomburgkia, Broughtonia, etc..).

Vamos ver quantos serão os resultados?

Usando uma fórmula matemática para fazer esse cálculo e explicando como a utilizamos:

Fórmula: Analise combinatória

Atenção: Se (n = p) então C = 1

Sendo:
C= O número de combinações
n= O número de Gêneros
p= A Quantidade de Gêneros por cruzamento.

Usando o exemplo 1A:

Cattleya x Laelia

C= ?
n= 2 pois são usados apenas dois gêneros nesse cruzamento.
p= 2 Pois os gêneros só podem ser combinados de dois em dois

Então:

C2,2 = 1, Pois, ( n = p ).
Então a possibilidade de combinações (C) é igual a 1 , conforme exemplo 1A no alto da página.
Usando o exemplo 2A:
Cattleya x Laelia x Brassavola.
C= ?
n= 3 pois, são usados três gêneros nesse cruzamento.
p= 3 e 2 Pois podem ter 2 ou 3 Gêneros em sua composição

Então: Somam-se as combinações obtidas com 2 gêneros as combinações
obtidas com 3 gêneros.

C3,2 + C3,3

Então:

A possibilidade de combinações (C) é igual a 4, conforme exemplo 2A: no alto da página.

Usando o exemplo 3A:

Cattleya x Laelia x Brassavola x Soprhonitis.
C= ?
n= 4, pois, são usados quatro gêneros nesses cruzamentos.
p= 2, 3 e 4, Pois, podem ter 2,3 ou 4 Gêneros em sua composição.
Então: Somam-se as combinações obtidas com 2, 3 e 4 gêneros.

C4,2 + C4,3 + C4,4

Então a possibilidade de combinações (C) é igual a 11, conforme exemplo 3A no alto da página.
E assim, sucessivamente para os outros, podendo calcular o resultado de combinações genéticas para qualquer quantidade de gêneros.

Ex. para 5 gêneros

C5,2 + C5,3 + C5,4 + C5,5 =

Para 6 gêneros.

C6,2 + C6,3 + C6,4 + C6,5 + C6,6 =

Para os 11 gêneros abordadas aqui na matéria:

C11,2 + C11,3 + C11,4 + C11,5 + C11,6 + C11,7 + C11,8 + C11,9 + C11,10 + C11,11 =

O resultado obtido nesse calculo é 2036.

Isso mesmo, 2036 combinações de gêneros, sem repetição, isso quer dizer que, para cada uma dessas combinações, um novo nome genérico deverá ser criado.

Calcular isso não foi difícil.

Mas…

Já imaginaram ter que “inventar” nome pra tudo isso?

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